July 8, 2013

Envelhecer no estrangeiro



Envelhecer no Estrangeiro. Uma decisão para muitos voluntária para outros inevitável.

A partir do momento em que se opta por emigrar o sentimento de dúvida instala-se. Inicialmente, a vontade do emigrante é a de regressar ao país de origem assim que alcançar determinados objectivos.

No entanto, os anos vão passando e os planos de vida vão-se modificando. O nascimento dos filhos dos netos no país de acolhimento, o falecimento e distanciamento de familiares e amigos residentes em Portugal, factores associados a questões económicas, políticas, e de saúde, são algumas da condicionantes que pesam na escolha de permanecer no estrangeiro.

Independentemente dos motivos inerentes à opção de se fixar no estrangeiro, há algo em comum a todos os emigrantes não residentes em Portugal: a língua e as tradições, duas componentes jamais separáveis. A reprodução de costumes e ritmos praticados na infância de cada um permanecem até ao fim, ajudam a colmatar a saudade da terra natal, amenizam a distância geográfica.

A necessidade de identificação, de aproximação e o desejo de exaltar o orgulho pela pátria, leva à necessidade de se criarem associações, clubes desportivos, meios de comunicação social, restaurantes e padarias, celebração de festas e rituais religiosos que proporcionam a interacção de conterrâneos, minimizam qualquer sentimento de afastamento e a negação das raízes culturais, facilita o processo de Envelhecer no Estrangeiro e em muito contribuem para a divulgação e promoção da cultura portuguesa.

Em 2012 celebrou-se o “Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre gerações” , deste tema surgiu por parte da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) em parceria com o GSECP/DGACCP, a iniciativa  de se editar um livro com a História de vida de 152 portugueses com mais de 60 anos de idades, residentes no estrangeiro desde a sua infância e/ou juventude.

O objectivo do projecto visa a partilha de experiências além-fronteiras, enfatizando a questão de que cada emigrante é um promotor e impulsionador da cultura portuguesa.

Faça parte deste projecto, escreva um pouco sobre a sua aventura, sobre as suas batalhas e vitorias e habilite-se ao sorteio de uma viagem a Portugal.

O livro deverá integrar 152 histórias, devendo os textos, com o mínimo de uma página e o máximo de três páginas A4, ser enviados para a Direção de Serviços de Emigração através do endereço eletrónico – emi@dgaccp.pt,  até ao próximo dia 30 de agosto.

O Guião para a recolha das “Histórias de Vida”, que deverá ser utilizado como orientação para a elaboração dos textos, pode ser consultado aqui.

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