De acordo com o Global Competitiveness Index divulgado recentemente pelo World Economic Forum (WEF), um dos
principais indicadores de competitividade a nível mundial, Portugal subiu
quinze posições face à edição anterior, passando a ser considerado o 36º país
mais competitivo a nível internacional (entre 144 países analisados).
Nesta edição 2014-2015, Portugal inverte um
movimento de queda que, com exceção de 2011, se verificava já desde 2005, e
regista uma classificação mais elevada do que a Polónia, por exemplo, país concorrente
direto na captação de investimento. Desta feita, e à semelhança do que já tinha
acontecido em maio, aquando da publicação do ranking de competitividade do Institute for Management
Development, em que Portugal tinha subido 3 lugares, para a 43ª posição (a
primeira melhoria desde 2009), Portugal voltou a ver reconhecido
internacionalmente o esforço de transformação estrutural da economia nacional ocorrido
nos últimos anos. Pela primeira vez nos últimos três anos, Portugal regista uma
melhoria simultânea nestes dois importantes rankings mundiais de competitividade.
De acordo com o WEF, os três vetores
em que Portugal mais deve concentrar os esforços de melhoria são: endividamento
público, carga fiscal sobre empresas e carga fiscal sobre indivíduos. O excesso
de endividamento público do País deve, assim, continuar a ser combatido do lado
da despesa, ao mesmo tempo que, no IRC, a reforma iniciada neste ano, e que tem
como objetivo levar Portugal a ter um dos regimes mais favoráveis da Europa em
2018, fará com que, em 2015, se proceda a uma descida adicional de dois pontos
da taxa geral, melhorando a atratividade do fator capital (investimento). Já no
IRS, perspetiva-se, logo que possível, uma redução gradual e progressiva da
tributação ao longo dos próximos anos, o que melhorará a atratividade do fator
trabalho.
Mantendo o ímpeto reformista, Portugal
poderá vir a registar ganhos adicionais de competitividade nos próximos anos,
atraindo mais e melhor investimento.
Este é um
desígnio nacional a que a todos deveremos continuar associados, porque só desta
forma a internacionalização crescente da nossa economia pode ser mantida, o que
criará a riqueza e o emprego que conduzirão à melhoria sustentada do nível de
vida da população.
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