Envelhecer no Estrangeiro. Uma decisão para muitos voluntária para outros inevitável.
A partir do
momento em que se opta por emigrar o sentimento de dúvida instala-se.
Inicialmente, a vontade do emigrante é a de regressar ao país de origem assim
que alcançar determinados objectivos.
No entanto, os
anos vão passando e os planos de vida vão-se modificando. O nascimento dos
filhos dos netos no país de acolhimento, o falecimento e distanciamento de
familiares e amigos residentes em Portugal, factores associados a questões
económicas, políticas, e de saúde, são algumas da condicionantes que pesam na
escolha de permanecer no estrangeiro.
Independentemente
dos motivos inerentes à opção de se fixar no estrangeiro, há algo em comum a
todos os emigrantes não residentes em Portugal:
a língua e as tradições, duas componentes jamais separáveis. A reprodução de costumes e ritmos praticados na
infância de cada um permanecem até ao fim, ajudam a colmatar a saudade da terra
natal, amenizam a distância geográfica.
A necessidade
de identificação, de aproximação e o desejo de exaltar o orgulho pela pátria,
leva à necessidade de se criarem associações, clubes desportivos, meios de
comunicação social, restaurantes e padarias, celebração de festas e rituais
religiosos que proporcionam a interacção de conterrâneos, minimizam qualquer
sentimento de afastamento e a negação das raízes culturais, facilita o processo
de Envelhecer no Estrangeiro e em muito contribuem para a divulgação e promoção
da cultura portuguesa.
Em 2012
celebrou-se o “Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre
gerações” , deste tema surgiu por parte da Santa
Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) em parceria com o GSECP/DGACCP, a
iniciativa de se editar um livro com a História de vida de 152
portugueses com mais de 60 anos de idades, residentes no estrangeiro desde a
sua infância e/ou juventude.
O objectivo do
projecto visa a partilha de experiências além-fronteiras, enfatizando a questão
de que cada emigrante é um promotor e impulsionador da cultura portuguesa.
Faça parte
deste projecto, escreva um pouco sobre a sua aventura, sobre as suas batalhas e
vitorias e habilite-se ao sorteio de uma viagem a Portugal.
O livro deverá
integrar 152 histórias, devendo os textos, com o mínimo de uma página e o
máximo de três páginas A4, ser enviados para a Direção de Serviços de Emigração
através do endereço eletrónico – emi@dgaccp.pt, até ao próximo dia 30 de
agosto.
O Guião para a
recolha das “Histórias de Vida”, que deverá ser utilizado como orientação para
a elaboração dos textos, pode ser consultado aqui.
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